terça-feira, 20 de novembro de 2012

Óscar Alves


Nasceu no Porto.
Estudou desenho, pintura e escultura com Maria Luísa Carneiro e Oldemiro Carneiro ao mesmo tempo que ingressava na Escola Superior de belas artes. É colaborador assíduo de uma das mais importantes revistas intelectuais da época, "Bandarra" dirigida por António Navarro.
Com uma certa paixão pelo teatro, integra o elenco do Teatro Experimental do Porto dirigido pelo poeta e pintor surrealista António Pedro.
Recém chegado de Paris, o pintor Eduardo Luís será o seu futuro grande amigo e marcará para sempre uma grande influência na sua obra.
Depois do Porto, e em busca de novas experiências, Óscar Alves parte para Lisboa. Quase de imediato expõe na Sociedade Nacional de Belas Artes, sob o aplauso de Almada e Jorge Barradas e o total aplauso da crítica. Uma fase da sua obra em que ainda se mistura a escultura, a cerâmica e a pintura.
Mas ainda com a sua paixão pelo teatro e sem nunca abandonar as artes plásticas, Óscar Alves integra o elenco do teatro Monumental, representando ao lado de Laura Alves e Paulo Renato " O Amansar da Fera" de Shakespeare. A seguir, e com um elenco de primeira escolha, é o "Hémon" de "Antígona" de Anouhil e começa a sua carreira na televisão sendo principal intérprete de, entre muitas outras obras, "Dois Cavaleiros de Verona" de Shakespeare, "A Sapateira Prodigiosa" e "Falar Verdade a Mentir" de Garrett.
Com a poetisa Natália Correia, realiza na Sociedade Nacional de Belas Artes um polémico espectáculo de poesia surrealista.
As suas obras vão sendo exibidas em exposições individuais e colectivas. Para a RTP escreve o bailado "O Prisioneiro" dançado por Vera Varela Cid e Michel Lazrah. Em 1980 decide abandonar o mundo do espectáculo num recital de poesia na Casa da Comédia.
Faz ainda uma experiência no mundo do cinema dirigindo filmes underground na época em que Andy Warhol realiza a sua famosa trilogia  "A Carne". Uma curta experiência porque o artista decide radicar-se em Madrid onde, durante dois anos, realiza exposições de escultura apresentando pela primeira vez uma nova técnica e novos materiais.
Em 1985 regressa a Lisboa a convite da RTP para dirigir, durante um ano, um programa sobre Artes Plásticas e, no ano a seguir, outro programa sobre o mundo do espectáculo. Volta a Madrid para com a TV espanhola filmar a última grande retrospectiva sobre a obra de Salvador Dalí, no Museo de arte Contemporânea de Madrid. regressa a lisboa para criar para o Teatro Maria Matos, o cenário da obra de Férmin Cabral "Vade retro" e dedica-se à feitura de jóias, cartazes, objectos, um sem fim de criações em todos os campos.
Passa a viver definitivamente em Lisboa e surge o convite de artista privativo da Galeria Morada. Isto permite-lhe voos muito largos.
Em 1990 um quadro seu "Duas Luas" é vendido na Christie's de Londres e em 1993 regressa a Madrid para expor na galeria La Kabala. No mesmo ano realiza na capital espanhola cinco exposições que integram algumas colectivas e a remontagem do famoso "Cadáver Esquisito" ao lado de doze dos mais importantes pintores espanhóis.
No princípio de 1993 a galeria Ponce de Madrid encomenda-lhe uma peça de escultura. Em 1994 o convite repete-se para uma nova escultura a ser apresentada na Estampa Madrid 94 e em finais desse mesmo ano apresenta-se como pintor na mesma galeria.
Em Setembro de 1995 a Christie's de Nova Iorque leiloou um quadro seu intitulado "Ite Missa est".
Torna-se um artista com um percurso expositivo notável, expondo nos mais conceituados locais e espaços ligados à pintura e à arte na Península Ibérica.

Fonte: www.oscaralves.com

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